O tradicional GRUPO DE FANDANGO DE TAMANCO CUITELO DE RIBEIRÃO GRANDE recebeu nessa sexta-feira, dia 3 de março, o Prêmio Inezita Barroso. A cerimônia de entrega da 6ª edição do Prêmio aconteceu às 10h na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no Plenário Juscelino Kubitschek do Palácio 9 de Julho, sede do Legislativo paulista. A honraria é concedida a personalidades da música caipira e de demais expressões artísticas rurais de São Paulo.
Prêmio
O Prêmio Inezita Barroso foi criado por meio de uma resolução aprovada pela Alesp em 2016, e teve sua primeira edição realizada em 2017, premiando naquele ano dez artistas e grupos da música raiz do Estado.
A Comissão de Educação e Cultura da Alesp é a responsável por receber as inscrições e indicações, que podem ser feitas por parlamentares e pela sociedade civil, e definir quais serão os agraciados com o prêmio.
Este ano, a Comissão escolheu 20 personalidades para receberem o prêmio da mão do presidente da Casa, deputado Carlão Pignatari. “É uma homenagem para um ícone da música popular e para todos que carregam o nome da música caipira no Estado de São Paulo”, disse Pignatari.
A cerimônia foi transmitida ao vivo e está disponível pelo canal no Youtube da ALESP.
Inezita Barroso
Inezita Barroso, nascida em São Paulo, em março 1925, foi uma das mais amadas e consagradas artistas brasileiras, considerada um dos ícones da música caipira e do sertanejo raiz, atuando como instrumentista, cantora, compositora, apresentadora e pesquisadora do folclore brasileiro.
O Fandango de Tamanco de Ribeirão Grande
É uma dança cantada e sapateada trazida pelos tropeiros que vinham do Sul com grande influência caipira, uma das mais antigas tradições locais. Era realizado após os mutirões, que eram trabalhos coletivos que envolviam o bairro, por exemplo, uma roçada, com a dança indo da noite até o raiar do dia. Para se dançar o fandango é utilizado viola de dez cordas, sanfona de oito baixos e o tradicional tamanco de madeira que surgiu na necessidade de produzir o som na hora do sapateado onde apenas homens podem participar. Os tamancos são feitos pelos próprios fandangueiros com o tronco de laranjeira onde o corte feito no meio dá mais resistência ao calçado. As músicas e coreografias falam sobre o dia a dia do homem no campo onde a natureza é o principal tema.
Para preservar essa tradição, foi criada a associação cultural caipira popularmente conhecida como Grupo de Fandango de Tamanco Cuitelo, fundado no ano de 1.964 por Pedro Vilarino Ferreira, conhecido como “Cuitelo”. O grupo é formado por crianças, jovens e adultos que trazem essa tradição com muito orgulho e vem se apresentando em várias cidades e eventos, com destaque para o Festival Nacional de Dança em Barretos, TV Aparecida, e presença em todas as edições do FEFOL – festival do folclore da cidade de Olímpia.
Para saber mais sobre a tradição e sobre o grupo de Fandango de Tamanco de Ribeirão Grande, visite o site bit.ly/fandangodetamanco
Fonte: ALESP